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45 kwanzas compram 4 rolos de papel higiénico ou o Jornal de Angola, o único jornal diário do país, mas que apesar dessa vantajosa condição, tem uma tiragem de cerca de metade do Correio da Manhã.

Eu, mesmo que tivesse os tais 45 kwanzas no bolso, e por mais que desejasse informar-me do paradeiro de Anselmo Ralph, ou do estado de saúde de um qualquer ditador da América Latina, jamais os estouraria no Jornal de Angola. Só vejo vantagens, neste dilema económico, no Suave de folha dupla, abundante em Luanda. Mas admito estar enganado. Afinal, do Jornal de Angola apenas conheço os editoriais, dos quais posso estar a fazer um juízo escatológico que me impede de ver valor no resto do jornal.

Se o objetivo do gajo que assina aquilo é chatear-me, parabéns. Como posso expressar isto preservando a dignidade do Jornal ? ... hum, metem-me nojo. Leio aquilo, e revolta-me. Todos os meus amigos Angolanos sentem o mesmo, ou seja, sendo absolutamente asquerosos, os editoriais não representam sequer uma opinião dominante em Angola, nem refletem, de forma alguma, aquilo que os Angolanos sentem pelos Portugueses, ou que os Portugueses sentem pelos Angolanos. Os de "medianamente inteligentes" para cima, bem entendido.

Tirando tudo aquilo que todos (sempre de "medianamente inteligente" para cima) percebem que o Jornal de Angola está a tentar fazer, acrescento isto: está a dar razão aos estúpidos que repetem os clichés sobre Angola e África, representando os Africanos e os Angolanos mais ou menos como nós imaginamos que possa ser o Editor do Jornal de Angola, depois de ler as peças que ele vomita.

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