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Observação, análise e comentário de todas as coisas mundanas.
Desde miúdo que me chamam Cajica. Colou-se-me ao corpo esta alcunha que já nem olho quando alguém grita do lado de lá estrada “Carlos Jorge! Carlos Jorge!”.
Desde que saí da Babilónia que ando de costas ao alto, a vadiar por Lisboa. Foi para aí a oitava vez que me apanharam na rua porque era suspeito de alguma coisa. Devo ter uma cara comum, ou então é por andar à futrica. Ao fim de uns dias parecemos todos iguais.
Aplicam-me um corretivo e depois deixam-me ir embora. Abientô, filhos da puta.
“Agora livra-te de ir contar isto aos teus colegas”. Colegas são as putas, oh Fabiano. Ou nunca foste à tropa? A malta do carocho são meus camaradas. Confio mais no Oliva que nestes besuntas fardados.
“Carlos Jorge!! Carlos Jorge!!”
Mas o que é que esta gaja quer? Andou a noite inteira a desmanchar cabritos e agora está aqui com esta bolina toda aos gritos no meio da estrada. Que queres?
“Os cacafelhos desapareceram”.